quinta-feira, 29 de janeiro de 2015

Quando a Ficção Representa a Realidade

  Assistindo ao filme O Preço do Amanhã percebi algo interessante, além do enredo e da situação ficcional criada. No filme, a realidade talvez possa ser classificada como distópica (não sei bem). O mundo funciona da seguinte maneira: Todo ser humano envelhece até os 25 anos, quando um relógio visível na pele dos personagens é acionado. Daí então o relógio inicia uma contagem regressiva de um ano, sendo que os personagens têm que trabalhar para conseguir mais tempo, embora não envelheçam.
  Um detalhe interessante é que a única moeda existente é o tempo, ou seja, o personagem paga o aluguel com seu tempo; paga sua comida com tempo e todas as demais necessidades.
  Achei o filme bacana desde a primeira vez que o assisti, porém não tinha parado para pensar em algo importante: Até que ponto a realidade do filme é diferente da nossa realidade?
  Por exemplo, no filme as cidades são divididas em áreas e paga-se em tempo a travessia para qualquer uma delas, sendo a área onde vive a classe mais abastada a mais cara. Alguma semelhança com os bairros, popularizados com classes sociais diferentes em nossas cidades? Outro exemplo interessante é que as pessoas ricas (com muito tempo) são diferenciadas das pessoas pobres (com pouco tempo) pelo modo de agir. Simplesmente, quem tem pouco tempo faz tudo apressado: Come rapidamente, dorme pouco, anda sempre com pressa. Ora, quantas maneiras há na nossa sociedade de diferenciar pessoas de classes sociais diferentes? 
  Enfim, o filme trata através da ficção de algo muito presente na nossa sociedade. Somos diferentes das pessoas de outras classes? Claro que não! 
  Vale a pena assistir e refletir muito!


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