sábado, 29 de abril de 2017

O futuro que planejamos? O Fim da Eternidade [Spoiler Alert] - Parte 2

  Continuando o raciocínio da postagem anterior, o livro induz à reflexão de que o controle do futuro não é bom, tendo em vista que aprendemos e evoluímos junto com nossas mazelas. Porém, pode-se pensar que o pensamento de Asimov esteja apontado para uma única direção pelos motivos que apresentarei a seguir.
  O desfecho da trama acontece quando uma das personagens se revela ser, na verdade, uma enviada do futuro que objetiva acabar com a Eternidade por acreditar que o sofrimento levará a humanidade a avanços. Porém, não é só isso. O argumento da personagem se baseia na conquista espacial. Segundo a mesma, o controle do futuro, a fim de impedir catástrofes, tolheu o desenvolvimento das ciências espaciais, desenvolvimento esse inerente à humanidade, que diversas vezes ao longo dos milênios tentou desenvolvê-lo.
  O argumento torna-se mais agudo quando ela afirma que quando finalmente o ser humano conquistou o espaço, outra raça mais jovem, porém mais desenvolvida tecnologicamente, já havia colonizado a galáxia. Há de pensar-se que uma raça tão desenvolvida tecnologicamente fosse capaz de perceber todos os defeitos impostos por um sistema de colonização. Porém, a história do período de colonização é tão antiga no tempo

terça-feira, 18 de abril de 2017

O futuro que planejamos? O Fim da Eternidade [Spoiler Alert] - Parte 1

  Grande parte da nossa vida é dedicada a planejar o futuro da mesma. Seja um futuro próximo (preparar aquele relatório/trabalho pra amanhã) ou um futuro distante (casa, família, filhos, estabilidade financeira e etc.).
  Se pudéssemos, controlaríamos cada passo de nossa caminhada a fim de chegar num futuro ideal planejado; cômodo, seguro e estável, perfeito dentro das individualidades de cada um.
  Todavia, se nos dedicamos a pensar no futuro da raça humana como um todo, essa lógica pode não ser muito válida. Ora, será que podemos abolir uma grande guerra do futuro? Caso afirmativo, esse conflito só traria prejuízos à especie? A resposta´e NÃO.
  A Segunda Guerra, por exemplo, tem como legado, além das tragédias incontáveis, grande avanço tecnológico em diversas áreas, da medicina à física nuclear. Períodos de conflitos são catárticos, pois o ser humano está constantemente no limite.
  Pensando dessa forma, a espécie humana, ao passar por suas mazelas, tende a evoluir no cômputo geral.